O acervo a ser exposto no Centro Cultural em Saúde faz parte do projeto de extensão universitária do Departamento de Medicina Preventiva, da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), que teve início em 1965 quando, a convite de Orlando Villas Boas, então diretor do Parque Indígena do Xingu (PIX), um grupo de médicos epemista foi avaliar as condições de saúde dos povos indígenas lá presentes. Esta visita marca o início de um programa de saúde inovador que se estende até os dias atuais e da colaboração de uma escola médica na assistência de saúde aos povos indígenas. Impactos positivos desse programa são refletidos na melhora de indicadores de saúde, com destaque à recuperação das taxas de crescimento demográfico dessa população originária do País. Ao longo dos anos, foi se formando considerável acervo, sob a responsabilidade do Centro de Documentação do Projeto Xingu, como é conhecido.
O projeto expográfico de parte desse acervo propõe-se a apresentá-lo de forma interativa, em torno dos seguintes eixos temáticos:
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A história do Projeto Xingu: extensão como troca de saberes;
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O Ciclo da Vida: ritos de passagem;
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O Cotidiano – Espaços de ensinar e aprender, Alimentação;
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As práticas e cuidados tradicionais – o indivíduo e o coletivo;
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Encontro entre diferentes sistemas culturais de cura.
Esse acervo, hoje, não conta com áreas técnicas adequadas e de exposição e interação com o público, o que está previsto no projeto do Centro Cultural em Saúde da Unifesp. A intervenção reconhece a localização estratégica da Biblioteca, tanto em relação ao Campus São Paulo, quanto em relação às infraestruturas urbanas, ou seja, estações de metrô (linhas lilás e azul), com grande potencial para se transformar em uma importante referência cultural para a cidade.
O projeto cumpre o papel de oferecer instalações adequadas de acesso ao patrimônio cultural que o edifício abrigará, prevendo adaptação do mesmo às normas de acessibilidade universal e a transformação da quase totalidade do piso térreo em espaço expositivo, o que inclui infraestruturas de iluminação e audiovisual específicas, bem como climatização para preservação de obras raras. Além disso revitaliza seu entorno, disponibilizando à comunidade acadêmica e aos visitantes em geral um equipamento cultural qualificado.
